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21/09/2025 23:15
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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Senado deve votar PEC da Blindagem na CCJ na quarta; ruas se mobilizam contra a proposta
BRASÍLIA - Após a aprovação da chamada PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve analisar a proposta já na próxima quarta-feira (24/9).
O presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que, se o relatório do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) estiver pronto, a matéria será o primeiro item da pauta. Vieira já antecipou que recomendará a rejeição do texto, alegando graves riscos à democracia.
Apelidada de "PEC da Bandidagem", a proposta limita a atuação da Justiça ao exigir autorização prévia das Casas Legislativas para abertura de processos criminais contra parlamentares, além de dificultar prisões.
O texto, aprovado na Câmara com apoio maciço do Centrão e votos de parte da bancada petista, precisa agora passar pelo Senado, onde já enfrenta resistência.
Segundo Otto Alencar, a proposta representa um "murro na barriga e tapa na cara do eleitor", e não deve prosperar. O MDB, uma das maiores bancadas do Senado, já anunciou posição contrária. Caso o parecer de rejeição seja confirmado, a PEC pode ser barrada ainda na CCJ, antes de chegar ao plenário.
Atos marcaram domingo no país
A votação ocorre sob forte contestação popular. Neste domingo (21), milhares de pessoas participaram de atos em pelo menos 33 cidades brasileiras, incluindo 22 capitais, contra a PEC e o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.
Enquanto isso, os protestos seguem como forma de pressionar os senadores. Os organizadores defendem que, ao priorizar medidas como a PEC da Blindagem e a anistia, o Congresso negligencia pautas consideradas urgentes pela sociedade, como a taxação dos super-ricos, a redução da jornada de trabalho e a ampliação da isenção do Imposto de Renda.
As manifestações foram convocadas por movimentos como Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, com apoio do MST e do MTST, além da adesão de sindicatos, lideranças políticas e grandes nomes da música nacional.
No Rio de Janeiro, a orla de Copacabana recebeu apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que transformaram o ato em um grande evento cultural e político.
Em Brasília, o rapper Djonga levou milhares à Esplanada dos Ministérios. Já em Belo Horizonte, blocos de carnaval como o Volta Belchior animaram a multidão na Praça Raul Soares. Em São Paulo, a concentração em frente ao MASP, na Avenida Paulista, reuniu milhares de manifestantes com faixas que diziam: "Congresso inimigo do povo".
As mobilizações também se espalharam por Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju e dezenas de cidades do interior, como Ribeirão Preto, Uberlândia e Bauru.
Em cada ato, o recado foi o mesmo: rejeição à PEC da Blindagem e ao projeto que pode beneficiar Jair Bolsonaro (PL) e aliados condenados por participação na trama golpista de 8 de janeiro de 2023.
O presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que, se o relatório do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) estiver pronto, a matéria será o primeiro item da pauta. Vieira já antecipou que recomendará a rejeição do texto, alegando graves riscos à democracia.
Apelidada de "PEC da Bandidagem", a proposta limita a atuação da Justiça ao exigir autorização prévia das Casas Legislativas para abertura de processos criminais contra parlamentares, além de dificultar prisões.
O texto, aprovado na Câmara com apoio maciço do Centrão e votos de parte da bancada petista, precisa agora passar pelo Senado, onde já enfrenta resistência.
Segundo Otto Alencar, a proposta representa um "murro na barriga e tapa na cara do eleitor", e não deve prosperar. O MDB, uma das maiores bancadas do Senado, já anunciou posição contrária. Caso o parecer de rejeição seja confirmado, a PEC pode ser barrada ainda na CCJ, antes de chegar ao plenário.
Atos marcaram domingo no país
A votação ocorre sob forte contestação popular. Neste domingo (21), milhares de pessoas participaram de atos em pelo menos 33 cidades brasileiras, incluindo 22 capitais, contra a PEC e o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.
Enquanto isso, os protestos seguem como forma de pressionar os senadores. Os organizadores defendem que, ao priorizar medidas como a PEC da Blindagem e a anistia, o Congresso negligencia pautas consideradas urgentes pela sociedade, como a taxação dos super-ricos, a redução da jornada de trabalho e a ampliação da isenção do Imposto de Renda.
As manifestações foram convocadas por movimentos como Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, com apoio do MST e do MTST, além da adesão de sindicatos, lideranças políticas e grandes nomes da música nacional.
No Rio de Janeiro, a orla de Copacabana recebeu apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que transformaram o ato em um grande evento cultural e político.
Em Brasília, o rapper Djonga levou milhares à Esplanada dos Ministérios. Já em Belo Horizonte, blocos de carnaval como o Volta Belchior animaram a multidão na Praça Raul Soares. Em São Paulo, a concentração em frente ao MASP, na Avenida Paulista, reuniu milhares de manifestantes com faixas que diziam: "Congresso inimigo do povo".
As mobilizações também se espalharam por Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju e dezenas de cidades do interior, como Ribeirão Preto, Uberlândia e Bauru.
Em cada ato, o recado foi o mesmo: rejeição à PEC da Blindagem e ao projeto que pode beneficiar Jair Bolsonaro (PL) e aliados condenados por participação na trama golpista de 8 de janeiro de 2023.