
Musica
24/09/2025 20:57
Fonte: Home
Por: Home
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Peça que homenageia 80 anos do Teatro Experimental do Negro estreia em Saquarema
'Quebrando Paradigmas' fica em cartaz de sexta-feira (26) a domingo (28) no Teatro Mário Lago
Saquarema recebe espetáculo que homenageia 80 anos do Teatro Experimental do Negro neste fim de semanaDivulgação
Saquarema - O espetáculo "Quebrando Paradigmas", da Confraria do Impossível, inicia a primeira circulação pela Região dos Lagos. A peça, que fica em cartaz de sexta-feira (26) a domingo (28) no Teatro Mário Lago, em Saquarema, é uma imersão ao legado do Teatro Experimental do Negro (TEN), movimento fundado por Abdias do Nascimento. Uma aula de história, identidade, poesia e música, sob a perspectiva de um jovem negro de 23 anos que cresceu ao lado de uma comunidade periférica.
Ao resgatar vozes e trajetórias silenciadas, a encenação revela a importância do TEN na construção de uma dramaturgia negra engajada e na formação de artistas que marcaram a cultura do país. Interpretado por Lucas Popeta, a estreia aconteceu neste fim de semana no Teatro Joel Barcelos, em Rio das Ostras, cidade natal da diretora Gizelly de Paula, sendo acompanhada da oficina intensiva "Atuando Teatros Negros", em homenagem aos 80 anos do TEN.
Para Gizelly, estrear onde nasceu é um momento de realização. "É uma emoção genuína. Volto para casa com um trabalho contundente e poético, fruto de pesquisa e de arquivo, que busca elucidar uma história do teatro brasileiro que tentaram apagar. Foi em Rio das Ostras que iniciei, ainda criança, a minha trajetória no teatro, e sempre existiu em mim o desejo de retornar com a minha arte. Hoje, vivo essa realização não apenas com o espetáculo, mas também com a oficina intensiva Atuando Teatros Negros, o que torna essa volta ainda mais significativa", afirma.
Já para o protagonista Lucas Popeta, a circulação leva ao público algo que por muito tempo foi negado. "O que me emociona é saber que o espetáculo representa uma ruptura histórica. Dar acesso às pessoas a essa história é o que mais me emociona, porque ela traz aquilo que não foi ensinado na escola e, no teatro, pode ser revisto, ressignificado e vivido de uma nova forma. Como diz a frase que atravessa a obra: 'O Brasil é conhecido por pessoas que a gente ainda não conhece.' Levar a peça adiante é permitir que essas histórias cheguem a quem ainda não teve a chance de conhecer", reflete.
Fundador da Confraria do Impossível, ALemos, primeiro diretor negro a ser laureado com o Premio Shell de Teatro, reforça a dimensão política e cultural dessa circulação. "Entendemos essa circulação como um importante passo para a continuidade da disseminação não só do nosso trabalho, mas também da cultura negra e antirracista nessas cidades. Levar o Teatro Experimental do Negro e seus personagens que foram tão importantes para a história desse país é nossa principal missão. Queremos que pessoas que ainda não conheceram nem ouviram falar possam fazer parte e se apropriar da própria história", frisa.
Os ingressos estão a preços populares, custando a meia-entrada R$ 10,00 e a inteira, R$ 20,00. A realização é do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc.
Saquarema recebe espetáculo que homenageia 80 anos do Teatro Experimental do Negro neste fim de semanaDivulgação
Saquarema - O espetáculo "Quebrando Paradigmas", da Confraria do Impossível, inicia a primeira circulação pela Região dos Lagos. A peça, que fica em cartaz de sexta-feira (26) a domingo (28) no Teatro Mário Lago, em Saquarema, é uma imersão ao legado do Teatro Experimental do Negro (TEN), movimento fundado por Abdias do Nascimento. Uma aula de história, identidade, poesia e música, sob a perspectiva de um jovem negro de 23 anos que cresceu ao lado de uma comunidade periférica.
Ao resgatar vozes e trajetórias silenciadas, a encenação revela a importância do TEN na construção de uma dramaturgia negra engajada e na formação de artistas que marcaram a cultura do país. Interpretado por Lucas Popeta, a estreia aconteceu neste fim de semana no Teatro Joel Barcelos, em Rio das Ostras, cidade natal da diretora Gizelly de Paula, sendo acompanhada da oficina intensiva "Atuando Teatros Negros", em homenagem aos 80 anos do TEN.
Para Gizelly, estrear onde nasceu é um momento de realização. "É uma emoção genuína. Volto para casa com um trabalho contundente e poético, fruto de pesquisa e de arquivo, que busca elucidar uma história do teatro brasileiro que tentaram apagar. Foi em Rio das Ostras que iniciei, ainda criança, a minha trajetória no teatro, e sempre existiu em mim o desejo de retornar com a minha arte. Hoje, vivo essa realização não apenas com o espetáculo, mas também com a oficina intensiva Atuando Teatros Negros, o que torna essa volta ainda mais significativa", afirma.
Já para o protagonista Lucas Popeta, a circulação leva ao público algo que por muito tempo foi negado. "O que me emociona é saber que o espetáculo representa uma ruptura histórica. Dar acesso às pessoas a essa história é o que mais me emociona, porque ela traz aquilo que não foi ensinado na escola e, no teatro, pode ser revisto, ressignificado e vivido de uma nova forma. Como diz a frase que atravessa a obra: 'O Brasil é conhecido por pessoas que a gente ainda não conhece.' Levar a peça adiante é permitir que essas histórias cheguem a quem ainda não teve a chance de conhecer", reflete.
Fundador da Confraria do Impossível, ALemos, primeiro diretor negro a ser laureado com o Premio Shell de Teatro, reforça a dimensão política e cultural dessa circulação. "Entendemos essa circulação como um importante passo para a continuidade da disseminação não só do nosso trabalho, mas também da cultura negra e antirracista nessas cidades. Levar o Teatro Experimental do Negro e seus personagens que foram tão importantes para a história desse país é nossa principal missão. Queremos que pessoas que ainda não conheceram nem ouviram falar possam fazer parte e se apropriar da própria história", frisa.
Os ingressos estão a preços populares, custando a meia-entrada R$ 10,00 e a inteira, R$ 20,00. A realização é do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc.