Geral
15/09/2025 20:34
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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Oposição insiste em anistia, mas clima é desfavorável a perdão que pode beneficiar Bolsonaro
BRASÍLIA - Partidos de oposição mantêm pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pela votação da anistia que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O Supremo Tribunal Federal (STF) o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão, na última quinta-feira (11/9), por tentar um golpe de Estado.
A direita calculou que a sentença garantiria ambiente favorável no Congresso Nacional para aprovação do perdão político e criminal. O intuito era proteger Bolsonaro e seus aliados da condenação distribuída pela Corte que os manda à prisão. Também seriam beneficiados os réus e condenados pelas invasões cometidas no 8 de Janeiro.
O clima, entretanto, é desfavorável para votação da proposta na Câmara dos Deputados, e o presidente Hugo Motta não demonstrou intenção de incluí-la na pauta do plenário. Para a oposição, o cenário ideal era garantir a aprovação do regime de urgência da anistia ainda na quarta-feira (17/9) para acelerar a votação do mérito.
Os líderes da oposição informaram o desejo ao colégio na reunião da última terça-feira (9/9), e representantes da base começaram a articular estratégias para barrar a votação do texto. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou publicamente que o governo ameaçaria deputados do centrão com perda de cargos para evitar a anistia.
Os partidos de centro serão decisivos para a questão da anistia; o cálculo político do presidente Motta também entra na balança. Ele precisará decidir se comprará a briga, principalmente porque o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deu indícios de que não encampará a pauta.
A aprovação de uma anistia como a oposição quer também indisporia o Legislativo com o Supremo. A direita defende um perdão amplo, geral, irrestrito e até eleitoral, beneficiando Bolsonaro diante da condenação criminal e também da sentença à inelegibilidade. A proposta é mal-vista por alguns setores do Legislativo.
No Senado, o presidente Alcolumbre articula há três meses uma proposta alternativa à anistia, que, em síntese, não beneficia Bolsonaro e trata, em realidade, da redução das penas dos condenados pelo 8 de Janeiro. A proposta é vista com bons olhos pela base, por alas do centrão e pelo próprio Supremo.
A direita calculou que a sentença garantiria ambiente favorável no Congresso Nacional para aprovação do perdão político e criminal. O intuito era proteger Bolsonaro e seus aliados da condenação distribuída pela Corte que os manda à prisão. Também seriam beneficiados os réus e condenados pelas invasões cometidas no 8 de Janeiro.
O clima, entretanto, é desfavorável para votação da proposta na Câmara dos Deputados, e o presidente Hugo Motta não demonstrou intenção de incluí-la na pauta do plenário. Para a oposição, o cenário ideal era garantir a aprovação do regime de urgência da anistia ainda na quarta-feira (17/9) para acelerar a votação do mérito.
Os líderes da oposição informaram o desejo ao colégio na reunião da última terça-feira (9/9), e representantes da base começaram a articular estratégias para barrar a votação do texto. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou publicamente que o governo ameaçaria deputados do centrão com perda de cargos para evitar a anistia.
Os partidos de centro serão decisivos para a questão da anistia; o cálculo político do presidente Motta também entra na balança. Ele precisará decidir se comprará a briga, principalmente porque o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deu indícios de que não encampará a pauta.
A aprovação de uma anistia como a oposição quer também indisporia o Legislativo com o Supremo. A direita defende um perdão amplo, geral, irrestrito e até eleitoral, beneficiando Bolsonaro diante da condenação criminal e também da sentença à inelegibilidade. A proposta é mal-vista por alguns setores do Legislativo.
No Senado, o presidente Alcolumbre articula há três meses uma proposta alternativa à anistia, que, em síntese, não beneficia Bolsonaro e trata, em realidade, da redução das penas dos condenados pelo 8 de Janeiro. A proposta é vista com bons olhos pela base, por alas do centrão e pelo próprio Supremo.
