
Geral
07/10/2025 23:55
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
★
Relevância: 30
Ministério da Saúde diz que antídoto contra metanol deve chegar ao Brasil ainda nesta semana
BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (7/10) que a previsão é de que o Fomepizol, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, chegue ainda nesta semana no Brasil. A declaração foi dada a jornalistas, no Palácio do Planalto.
"Assim que chegar no Galpão de Guarulhos, no Galpão do Ministério da Saúde, a gente começa a distribuição priorizando o estado de São Paulo, que é o que tem o maior número de casos notificados. Vai ficar no Centro de Referência de Toxicologia, no Ciatox, e também começará a ser distribuído para todo país", disse.
Na segunda-feira (6/10), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil tem 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 continuam em investigação. O balanço será atualizado na quarta-feira (8/10).
De acordo com dados divulgados pelo ministério, o estado de São Paulo concentra 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná registra dois casos confirmados e quatro em investigação.
Outros 12 estados notificaram casos em investigação: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso descartaram os casos que estavam sob análise.
Em relação aos óbitos, dois foram confirmados em São Paulo e 12 seguem em investigação -- sendo um em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
As informações consideram os registros enviados pelos estados até segunda-feira (6/10).
Criação de comitê para discutir casos de intoxicação
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou ainda a importância de ações de fiscalização contra a falsificação de bebidas. Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a criação de um comitê para discutir casos de intoxicação por metanol.
Além disso, segundo a pasta, 30 estabelecimentos comerciais foram notificados por adulteração de bebidas alcoólicas, em todo o país, enquanto 25 distribuidoras de bebidas, associações e entidades do setor foram notificadas para prestar esclarecimentos.
"Hoje, o ministro Lewandowski, inclusive, reforçou esse anúncio que é uma espécie de comitê também junto com a indústria, com as forças de segurança, para aproveitar essa situação que preocupa todos nós, desde o começo, para reforçar as campanhas contra falsificação, contra adulteração de bebidas no nosso país", disse Padilha.
O ministro também destacou a importância das notificações pelas secretarias de Saúde para essa integração com as autoridades policiais, que vão investigar a responsabilidade pela adulteração das bebidas alcoólicas.
"O profissional de saúde deve notificar a primeira suspeita que tiver, porque isso é importante pro tratamento daquele paciente e é mais importante ainda pro dado de onde esse paciente utilizou aquela bebida e vai direto para as forças de segurança que fazem todas as ações de vigilância e de apreensão de evidências para poder identificar e punir os criminosos responsáveis por isso".
"Então é muito importante a atitude dos profissionais fazer a notificação na suspeita. Começar a tratar independente se tem identificação da presença do metanol, de níveis do metanol dentro do exame sanguíneo. E depois os exames vão verificar ou não", declarou.
Caso de rapper Hungria não é intoxicação por metanol
O ministro da Saúde evitou comentar sobre o caso do rapper Hungria. Na segunda-feira, o Ministério informou que os exames do rapper Hungria não apontaram a presença do metanol, e o caso dele chegou a ser descartado como suspeito no Distrito Federal.
No entanto, nesta terça-feira, a assessoria do artista divulgou a informação de que exames feitos pelo cantor detectaram a presença de metanol. O teste foi realizado em laboratório privado e apontou 0,54 mg/dL de metanol no sangue, valor acima do limite de referência de 0,25 mg/dL.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta terça-feira que mantém como descartada a suspeita de intoxicação por metanol do rapper Hungria.
Em nota, o órgão explica que o próprio laudo citado pela assessoria dele deixa claro que o nível de metanol está acima do "valor de referência", mas bem abaixo do valor considerado como "concentração tóxica".
Para ser considerado como concentração tóxica, é necessário pelo menos 20 mg de metanol por 100 ml de sangue. A Secretaria de Saúde do DF afirmou que a quantidade de metanol presente no sangue do artista pode ter vindo de bebidas alcoólicas seguras e não adulteradas.
"[...] É esperada a presença de traços de metanol em bebidas comercializadas dentro dos limites de segurança estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária".
"Portanto, a detecção de metanol no sangue, em valores abaixo do limiar de toxicidade, não pode confirmar intoxicação", diz trecho da nota.
"Assim que chegar no Galpão de Guarulhos, no Galpão do Ministério da Saúde, a gente começa a distribuição priorizando o estado de São Paulo, que é o que tem o maior número de casos notificados. Vai ficar no Centro de Referência de Toxicologia, no Ciatox, e também começará a ser distribuído para todo país", disse.
Na segunda-feira (6/10), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil tem 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 continuam em investigação. O balanço será atualizado na quarta-feira (8/10).
De acordo com dados divulgados pelo ministério, o estado de São Paulo concentra 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná registra dois casos confirmados e quatro em investigação.
Outros 12 estados notificaram casos em investigação: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso descartaram os casos que estavam sob análise.
Em relação aos óbitos, dois foram confirmados em São Paulo e 12 seguem em investigação -- sendo um em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
As informações consideram os registros enviados pelos estados até segunda-feira (6/10).
Criação de comitê para discutir casos de intoxicação
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou ainda a importância de ações de fiscalização contra a falsificação de bebidas. Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a criação de um comitê para discutir casos de intoxicação por metanol.
Além disso, segundo a pasta, 30 estabelecimentos comerciais foram notificados por adulteração de bebidas alcoólicas, em todo o país, enquanto 25 distribuidoras de bebidas, associações e entidades do setor foram notificadas para prestar esclarecimentos.
"Hoje, o ministro Lewandowski, inclusive, reforçou esse anúncio que é uma espécie de comitê também junto com a indústria, com as forças de segurança, para aproveitar essa situação que preocupa todos nós, desde o começo, para reforçar as campanhas contra falsificação, contra adulteração de bebidas no nosso país", disse Padilha.
O ministro também destacou a importância das notificações pelas secretarias de Saúde para essa integração com as autoridades policiais, que vão investigar a responsabilidade pela adulteração das bebidas alcoólicas.
"O profissional de saúde deve notificar a primeira suspeita que tiver, porque isso é importante pro tratamento daquele paciente e é mais importante ainda pro dado de onde esse paciente utilizou aquela bebida e vai direto para as forças de segurança que fazem todas as ações de vigilância e de apreensão de evidências para poder identificar e punir os criminosos responsáveis por isso".
"Então é muito importante a atitude dos profissionais fazer a notificação na suspeita. Começar a tratar independente se tem identificação da presença do metanol, de níveis do metanol dentro do exame sanguíneo. E depois os exames vão verificar ou não", declarou.
Caso de rapper Hungria não é intoxicação por metanol
O ministro da Saúde evitou comentar sobre o caso do rapper Hungria. Na segunda-feira, o Ministério informou que os exames do rapper Hungria não apontaram a presença do metanol, e o caso dele chegou a ser descartado como suspeito no Distrito Federal.
No entanto, nesta terça-feira, a assessoria do artista divulgou a informação de que exames feitos pelo cantor detectaram a presença de metanol. O teste foi realizado em laboratório privado e apontou 0,54 mg/dL de metanol no sangue, valor acima do limite de referência de 0,25 mg/dL.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta terça-feira que mantém como descartada a suspeita de intoxicação por metanol do rapper Hungria.
Em nota, o órgão explica que o próprio laudo citado pela assessoria dele deixa claro que o nível de metanol está acima do "valor de referência", mas bem abaixo do valor considerado como "concentração tóxica".
Para ser considerado como concentração tóxica, é necessário pelo menos 20 mg de metanol por 100 ml de sangue. A Secretaria de Saúde do DF afirmou que a quantidade de metanol presente no sangue do artista pode ter vindo de bebidas alcoólicas seguras e não adulteradas.
"[...] É esperada a presença de traços de metanol em bebidas comercializadas dentro dos limites de segurança estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária".
"Portanto, a detecção de metanol no sangue, em valores abaixo do limiar de toxicidade, não pode confirmar intoxicação", diz trecho da nota.