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30/09/2025 22:40
Fonte: Home
Por: Home
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Magé recebe festival legado ancestral de matrizes africanas
Evento recebeu diversas autoridades religiosas e acadêmicas
Magé recebe festival legado ancestral de matrizes africanasDivulgação
Magé - Um legado é a entrega de uma construção do passado que se projeta a futuros desejados, futuros possíveis que derivam de um fazer fruto de coragem, de saber do ponto de partida sem saber o ponto de chegada. Assim é a força movente da ancestralidade. Um dia um grupo pioneiro sob a liderança de Pai Paulo de Ògún acreditou que terreiro de Candomblé é lugar de produzir Arte e Cultura. Passados mais de 40 anos, o Ilé À Ògún Àlákòró tornou-se o útero de toda uma diversidade de saberes e fazeres. A semente lançada sobre o solo de Bongaba criou raízes. O Ponto de Cultura Oní L'wà Njo já era uma árvore frondosa e forte quando o poder público institucionalizou a sua existência. Mas, ler o nome de uma organização tão orgânica e tão periférica no Diário Oficial da União teve o impacto do orgulho e da emoção do reconhecimento.
Ao longo dessas décadas, projetos nasceram, cresceram, se consolidaram, ganharam visibilidade nacional e internacional; alguns ficaram pelo caminho. O fato é que múltiplas dimensões de existir ganharam significância no Ponto de Cultura - porque Arte e Cultura são modos de existir, de resistir e de transformar mundos interiores e exteriores. Artesanato, Acarajé (Acarajé Cultural, rebatizado de Acarajé das Ìyá), Dança (Companhia Raízes que Dançam, Jongo do Quilombo de Bongaba), Leitura (Biblioteca ba Lake), Música (Samba Ancestral), Rodas de Conversa, Cine Àlákòró, entre outros. E os projetos ambientais da Horta Orgânica, do plantio de árvores litúrgicas africanas e de uso medicinal, agrofloresta, criação de animais (caprinos e aves domésticas), Seminários do Meio Ambiente. Um pequeno apanhado de uma árdua construção de muitas décadas. Árdua, porém feita de sorrisos. Povo preto e que trabalha cantando, rindo e celebrando a vida, quando a base da dedicação é o bem comum da comunidade.
A partir dessa base e dessa história o Festival Legado Ancestral de Matrizes Africanas de Magé foi contemplado no edital de Chamamento Público nº 13/2024 que conta com recursos do Governo Federal, através da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - PNAB - LEI Nº 14.399/2022 e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos de Magé.
"É uma conquista importantíssima para a nossa comunidade, para o município de Magé e para o conjunto de Quilombos do Recôncavo da Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro. Vamos festejar do modo africano de ser: com música, dança, comida, conversa e alegria que transborda da alma e do corpo", destacou Pai Paulo.
O legado Ancestral de Matrizes Africana em Magé teve a presença de personalidades do Candomble como Mãe Rita de Oya do Ase Gbangbose, Mãe Denise de Oya, Mãe Rita de Sango, abrilhantando o evento com suas falas potentes, esclarecendo, informando e valorizando o legado deixado por seus Ancestrais. O evento contou com a presença do Secretario de Cultura de Magé, Bruno Lourenço, personalidades da Academia como as Professoras Dras. Edna da UERJ E Carmem Tindo, do Departamento de Estudos Africanos da UFRJ, Professores e alunos da Escola Domingos Belize e demais Escolas locais. Estudantes da UFF do departamento de Geografia e ACQUILERJ.
O encerramento foi com o grupo Baque da Mata e o grupo Orunmilá.
Magé recebe festival legado ancestral de matrizes africanasDivulgação
Magé - Um legado é a entrega de uma construção do passado que se projeta a futuros desejados, futuros possíveis que derivam de um fazer fruto de coragem, de saber do ponto de partida sem saber o ponto de chegada. Assim é a força movente da ancestralidade. Um dia um grupo pioneiro sob a liderança de Pai Paulo de Ògún acreditou que terreiro de Candomblé é lugar de produzir Arte e Cultura. Passados mais de 40 anos, o Ilé À Ògún Àlákòró tornou-se o útero de toda uma diversidade de saberes e fazeres. A semente lançada sobre o solo de Bongaba criou raízes. O Ponto de Cultura Oní L'wà Njo já era uma árvore frondosa e forte quando o poder público institucionalizou a sua existência. Mas, ler o nome de uma organização tão orgânica e tão periférica no Diário Oficial da União teve o impacto do orgulho e da emoção do reconhecimento.
Ao longo dessas décadas, projetos nasceram, cresceram, se consolidaram, ganharam visibilidade nacional e internacional; alguns ficaram pelo caminho. O fato é que múltiplas dimensões de existir ganharam significância no Ponto de Cultura - porque Arte e Cultura são modos de existir, de resistir e de transformar mundos interiores e exteriores. Artesanato, Acarajé (Acarajé Cultural, rebatizado de Acarajé das Ìyá), Dança (Companhia Raízes que Dançam, Jongo do Quilombo de Bongaba), Leitura (Biblioteca ba Lake), Música (Samba Ancestral), Rodas de Conversa, Cine Àlákòró, entre outros. E os projetos ambientais da Horta Orgânica, do plantio de árvores litúrgicas africanas e de uso medicinal, agrofloresta, criação de animais (caprinos e aves domésticas), Seminários do Meio Ambiente. Um pequeno apanhado de uma árdua construção de muitas décadas. Árdua, porém feita de sorrisos. Povo preto e que trabalha cantando, rindo e celebrando a vida, quando a base da dedicação é o bem comum da comunidade.
A partir dessa base e dessa história o Festival Legado Ancestral de Matrizes Africanas de Magé foi contemplado no edital de Chamamento Público nº 13/2024 que conta com recursos do Governo Federal, através da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - PNAB - LEI Nº 14.399/2022 e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos de Magé.
"É uma conquista importantíssima para a nossa comunidade, para o município de Magé e para o conjunto de Quilombos do Recôncavo da Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro. Vamos festejar do modo africano de ser: com música, dança, comida, conversa e alegria que transborda da alma e do corpo", destacou Pai Paulo.
O legado Ancestral de Matrizes Africana em Magé teve a presença de personalidades do Candomble como Mãe Rita de Oya do Ase Gbangbose, Mãe Denise de Oya, Mãe Rita de Sango, abrilhantando o evento com suas falas potentes, esclarecendo, informando e valorizando o legado deixado por seus Ancestrais. O evento contou com a presença do Secretario de Cultura de Magé, Bruno Lourenço, personalidades da Academia como as Professoras Dras. Edna da UERJ E Carmem Tindo, do Departamento de Estudos Africanos da UFRJ, Professores e alunos da Escola Domingos Belize e demais Escolas locais. Estudantes da UFF do departamento de Geografia e ACQUILERJ.
O encerramento foi com o grupo Baque da Mata e o grupo Orunmilá.