
Geral
29/09/2025 23:15
Fonte: Estadão
Por: Estadão
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Lula e Trump: quando será o encontro entre os dois presidentes? Saiba os bastidores
BRASÍLIA - As equipes dos governos de Brasil e Estados Unidos devem retomar contatos de bastidores ao longo desta semana para alinhavar os preparativos de uma reunião de trabalho entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
O primeiro contato foi celebrado do lado brasileiro como um momento histórico - pelo teor dos discursos de ambos - e pelo tom amistoso nos bastidores, o que abriu uma janela para trégua, antes fechada.
Apesar de os discursos oficiais terem se chocado e mantido críticas, ambos relataram um encontro pessoal de seu agrado.
Em geral, visitas presenciais entre presidentes são preparadas com antecedência pelas burocracias de Estado, como os cerimoniais da Casa Branca e do Palácio do Planalto, e contatos de alto nível substantivos, entre assessores de confiança dos chefes de Estado - a exemplo de chanceleres e conselheiros de segurança nacional.
Esses contatos seguem o padrão de discrição e sigilo que marcou as conversas prévias à interação na ONU. Como o Estadão revelou, houve discussões secretas, fora da agenda pública das autoridades, nas semanas anteriores a fim de deixar o caminho pavimentado para o encontro em Nova York.
A reportagem mostrou as trocas de mensagens entre autoridades do Itamaraty e da Casa Branca, uma videoconferência no dia 11 entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA (USTR), e uma visita ao Rio de Janeiro, no dia 15, do enviado especial Richard Grenell, despachado por Trump para conversas a sós com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Até aqui, autoridades dos dois governos têm dado preferência por contatos reservados ou em "campo neutro", o que pode ser uma solução adotada para a primeira reunião de trabalho entre presidentes.
Alckmin e Greer se falaram por chamada de vídeo, enquanto Vieira e Grenell conversaram em um hotel na orla da Zona Sul carioca, uma forma de evitar a visita a um prédio do governo, como o Palácio do Itamaraty, onde o chanceler despacha formalmente no Rio.
Após a notícia do Estadão, atores da oposição bolsonarista já difundiram críticas a Grenell, também enviado por Trump para dialogar com a ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, por supostamente ser muito suave.
Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse em entrevista veiculada no sábado, dia 27, que era preciso "consertar" o Brasil para que não adote mais medidas que prejudiquem os EUA.
Se o brasileiro tivesse que viajar ao país novamente, uma possibilidade no radar do governo seria um encontro em ambiente mais reservado - longe das câmeras e do protocolo de recepção padrão americano que inclui perguntas a jornalistas. Neste caso, integrantes do governo citam o resort de Trump Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida.
O primeiro contato foi celebrado do lado brasileiro como um momento histórico - pelo teor dos discursos de ambos - e pelo tom amistoso nos bastidores, o que abriu uma janela para trégua, antes fechada.
Apesar de os discursos oficiais terem se chocado e mantido críticas, ambos relataram um encontro pessoal de seu agrado.
Em geral, visitas presenciais entre presidentes são preparadas com antecedência pelas burocracias de Estado, como os cerimoniais da Casa Branca e do Palácio do Planalto, e contatos de alto nível substantivos, entre assessores de confiança dos chefes de Estado - a exemplo de chanceleres e conselheiros de segurança nacional.
Esses contatos seguem o padrão de discrição e sigilo que marcou as conversas prévias à interação na ONU. Como o Estadão revelou, houve discussões secretas, fora da agenda pública das autoridades, nas semanas anteriores a fim de deixar o caminho pavimentado para o encontro em Nova York.
A reportagem mostrou as trocas de mensagens entre autoridades do Itamaraty e da Casa Branca, uma videoconferência no dia 11 entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA (USTR), e uma visita ao Rio de Janeiro, no dia 15, do enviado especial Richard Grenell, despachado por Trump para conversas a sós com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Até aqui, autoridades dos dois governos têm dado preferência por contatos reservados ou em "campo neutro", o que pode ser uma solução adotada para a primeira reunião de trabalho entre presidentes.
Alckmin e Greer se falaram por chamada de vídeo, enquanto Vieira e Grenell conversaram em um hotel na orla da Zona Sul carioca, uma forma de evitar a visita a um prédio do governo, como o Palácio do Itamaraty, onde o chanceler despacha formalmente no Rio.
Após a notícia do Estadão, atores da oposição bolsonarista já difundiram críticas a Grenell, também enviado por Trump para dialogar com a ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, por supostamente ser muito suave.
Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse em entrevista veiculada no sábado, dia 27, que era preciso "consertar" o Brasil para que não adote mais medidas que prejudiquem os EUA.
Se o brasileiro tivesse que viajar ao país novamente, uma possibilidade no radar do governo seria um encontro em ambiente mais reservado - longe das câmeras e do protocolo de recepção padrão americano que inclui perguntas a jornalistas. Neste caso, integrantes do governo citam o resort de Trump Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida.