
Geral
18/09/2025 00:02
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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Lula critica PEC da Blindagem e adianta que deve vetar anistia a Bolsonaro
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pode vetar o projeto de lei que prevê anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso seja aprovado pelo Congresso Nacional. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
"Se viesse pra eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria. Pode ficar certo que eu vetaria", afirmou Lula, em entrevista à BBC nesta quarta-feira (17/9).
Lula negou que a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi "política". Na semana passada, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
"Eu sinceramente preferia que ele não tivesse cometido nenhum crime. Mas ele teve o direito de se defender. Teve a presunção da inocência, e foi condenado", acrescentou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cedeu às cobranças da oposição, e colocou para votação, nesta quarta-feira, a urgência da anistia. A aprovação acelera a discussão e dispensa a proposta de ser votada pelas comissões antes de ir a plenário. Caso aprovado, ainda precisa ser analisado pelo Senado, antes de ir à sanção presidencial.
Na entrevista, Lula ainda criticou a aprovação da "PEC da Blindagem", como ficou conhecida a proposta de emenda à Constituição que dificultou a abertura de investigações criminais contra parlamentares.
"Se eu fosse deputado, eu votaria contra. Se eu fosse presidente do meu partido, orientaria para votar contra. Aliás, eu votaria para fechar questão e votar contra".
Lula volta a criticar Trump
Em meio ao embate com os Estados Unidos, após a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, Lula criticou a motivação política do presidente Donald Trump.
"Eu acho que as acusações e as afirmações pelas quais o presidente Trump fez uma taxação contra o Brasil são eminentemente políticas. Não tem nada de comercial. Do ponto de vista comercial, os Estados Unidos, nos últimos 15 anos, tiveram 410 bilhões de superávit comercial com o Brasil", disse.
"Portanto, Trump tomou a atitude em função de um processo político do Bolsonaro, o que eu lamento profundamente... que um presidente de um outro país não leve em conta a necessidade de respeitar a soberania do outro país, inclusive de respeitar o Poder Judiciário e a Suprema Corte de um outro país".
O petista ainda voltou a dizer que não ligou para o norte-americano por entender que ele não quer diálogo.
"Eu não tentei fazer chamada porque ele nunca quis conversar. Nunca quis conversar", afirmou.
Lula embarca para Nova York no próximo domingo (21/9) para participar da Conferência da ONU e afirmou que estaria disposto a conversar com Donald Trump.
"E se ele chegar e passar perto de mim eu vou cumprimentá-lo porque eu sou cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo. Eu estendo a mão pra todo mundo. Eu nasci na vida política negociando. Então, pra mim não tem nenhum problema".
"Se viesse pra eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria. Pode ficar certo que eu vetaria", afirmou Lula, em entrevista à BBC nesta quarta-feira (17/9).
Lula negou que a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi "política". Na semana passada, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
"Eu sinceramente preferia que ele não tivesse cometido nenhum crime. Mas ele teve o direito de se defender. Teve a presunção da inocência, e foi condenado", acrescentou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cedeu às cobranças da oposição, e colocou para votação, nesta quarta-feira, a urgência da anistia. A aprovação acelera a discussão e dispensa a proposta de ser votada pelas comissões antes de ir a plenário. Caso aprovado, ainda precisa ser analisado pelo Senado, antes de ir à sanção presidencial.
Na entrevista, Lula ainda criticou a aprovação da "PEC da Blindagem", como ficou conhecida a proposta de emenda à Constituição que dificultou a abertura de investigações criminais contra parlamentares.
"Se eu fosse deputado, eu votaria contra. Se eu fosse presidente do meu partido, orientaria para votar contra. Aliás, eu votaria para fechar questão e votar contra".
Lula volta a criticar Trump
Em meio ao embate com os Estados Unidos, após a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, Lula criticou a motivação política do presidente Donald Trump.
"Eu acho que as acusações e as afirmações pelas quais o presidente Trump fez uma taxação contra o Brasil são eminentemente políticas. Não tem nada de comercial. Do ponto de vista comercial, os Estados Unidos, nos últimos 15 anos, tiveram 410 bilhões de superávit comercial com o Brasil", disse.
"Portanto, Trump tomou a atitude em função de um processo político do Bolsonaro, o que eu lamento profundamente... que um presidente de um outro país não leve em conta a necessidade de respeitar a soberania do outro país, inclusive de respeitar o Poder Judiciário e a Suprema Corte de um outro país".
O petista ainda voltou a dizer que não ligou para o norte-americano por entender que ele não quer diálogo.
"Eu não tentei fazer chamada porque ele nunca quis conversar. Nunca quis conversar", afirmou.
Lula embarca para Nova York no próximo domingo (21/9) para participar da Conferência da ONU e afirmou que estaria disposto a conversar com Donald Trump.
"E se ele chegar e passar perto de mim eu vou cumprimentá-lo porque eu sou cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo. Eu estendo a mão pra todo mundo. Eu nasci na vida política negociando. Então, pra mim não tem nenhum problema".