Campanha amplia a proteção para quem perdeu a dose no período ideal; mobilização terá ponto especial no Calçadão da Rui Barbosa
Vacinação contra o HPV em Macaé abre caminho para uma geração mais protegida contra o câncerFoto: Ilustração
Macaé - Aos 16 anos, Mariana soube pela escola que poderia tomar a vacina contra o HPV mesmo depois de ter perdido a idade recomendada. Assim como ela, milhares de jovens de 15 a 19 anos em todo o país foram incluídos em uma campanha nacional que chega agora a Macaé. A ideia é garantir proteção a quem não se imunizou no prazo ideal, entre 9 e 14 anos.
Na cidade, a vacina está disponível nas unidades de saúde, nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) e na Casa da Vacina. Para ampliar o acesso, haverá um ponto especial de vacinação no Calçadão da Rui Barbosa, no dia 27 de setembro, das 9h às 13h.
A atualização da faixa etária segue recomendação do Ministério da Saúde e busca reduzir os índices de câncer relacionados ao papilomavírus humano. O Brasil adotou desde o ano passado a dose única para adolescentes, alinhando-se a padrões internacionais. O objetivo é ambicioso: eliminar o câncer de colo de útero até 2030.
A proteção, no entanto, continua mais rigorosa para grupos com maior vulnerabilidade, como pessoas com HIV/aids, pacientes oncológicos, transplantados ou usuários de PrEP. Nesses casos, o esquema segue com três doses, reforçando a segurança contra a doença.
O HPV, transmitido principalmente por relações sexuais sem preservativo, é silencioso em muitos casos, mas pode causar verrugas genitais e evoluir para cânceres que atingem mulheres e homens. Dados oficiais mostram que o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente entre as brasileiras, ficando atrás apenas do de mama e do colorretal.
Especialistas lembram que a vacina é a forma mais eficaz de prevenção. Ela age como um escudo, estimulando o organismo a criar anticorpos contra os tipos mais agressivos do vírus. Além de salvar vidas, protege famílias e oferece um futuro mais seguro para toda uma geração.