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Em reunião com Lula, Trump afirma que EUA e Brasil podem chegar a acordos
Geral 26/10/2025 11:12 Relevância: 30

Em reunião com Lula, Trump afirma que EUA e Brasil podem chegar a acordos

BRASÍLIA - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que ele e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), podem chegar a "bons acordos" sobre impasses entre os dois países. Lula e Trump se reuniram por quase uma hora neste domingo (26/10), na Malásia.
"Nós provavelmente iremos trabalhar em alguns acordos", disse o norte-americano em uma parte da reunião. "Eu acho que nós podemos fazer bons acordos para ambos os países", acrescentou.
Lula colocou sobre a mesa de negociação a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos do Brasil e que começou a ser aplicada em agosto. A intenção do presidente brasileiro era mostrar que o país norte-americano tem um superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil nos últimos 15 anos.
As sanções a autoridades brasileiras também foram levadas por Lula para a reunião. O governo dos EUA puniu, por exemplo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci, com a Lei Magnitsky, que prevê bloqueios financeiros.
Sobre as tarifas comerciais, Trump negou que sejam injustas. Ele ressaltou, porém, que tem "respeito" por Lula e pelo Brasil e indicou a expectativa por um bom relacionamento. Ao comentar sobre a possibilidade de acordo, o líder dos EUA sinalizou que os dois lados podem oferecer algo, mas não adiantou condições.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou depois do encontro que Lula pediu a suspensão das tarifas durante um período de negociação entre Brasil e Estados Unidos.
Também na reunião, Lula declarou que "o Brasil tem todo interesse em ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos". "Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA", disse.
Ainda no início da reunião, Lula afirmou que levou por escrito "uma longa pauta" e observou não saber se Trump "teria tempo". "O que nós temos certeza é que quando dois presidentes sentam em uma mesa [e] cada um coloca os seus pontos de vista, os seus problemas, a tendência natural é você encaminhar para chegar a um acordo", destacou.
O presidente brasileiro lembrou que no sábado (25/10) já tinha se manifestado "otimista" com a "possibilidade" de avanço na "manutenção da relação mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos". "E que pretendemos manter", frisou.

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