
Geral
11/09/2025 18:03
Fonte: O TEMPO
Por: O TEMPO
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'Churrasco', 'clima de Copa': as mensagens dos vizinhos de Bolsonaro no fim do julgamento
BRASÍLIA - Vizinhos de Jair Bolsonaro (PL) falam em "clima de Copa", em troca de mensagens no grupo de WhatsApp do condomínio, nesta quinta-feira (11/9), quando a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pode definir o destino do ex-presidente e de outros sete réus do chamado "núcleo crucial" da suposta trama golpista.
A equipe de O TEMPO teve acesso a dezenas de mensagens de áudio e texto, algumas com vídeos, dos moradores do Condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente mora com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha deles. Como o jornal já mostrou em outras reportagens, a presença de Bolsonaro divide os moradores.
Essa divisão se acirrou nos últimos dias, com o início da fase final do julgamento. Nesta quinta-feira, quando a ministra Cármen Lúcia for apresentar seu voto, que pode definir o resultado, moradores publicaram mensagens anunciando um churrasco. "Por falar em churrasco, alguém indica um de confiança?", escreveu uma moradora.
Outra reclamou da presença de ambulantes na via de acesso ao condomínio, onde são oferecidas bandeiras e camisetas do Brasil, além de outros itens com nome e rosto de Bolsonaro. "Hahaha, virou Copa do Mundo", postou um morador. "A final da 'copa' é amanhã! Já comprei a cerveja e a picanha", emendou outro, referindo ao provável último dia do julgamento.
Bolsonaro aparece, sorri e acena para fotógrafos
Bolsonaro, que está em prisão domiciliar há mais de um mês, apareceu na garagem de casa, na manhã desta quinta-feira, um dia após o ministro Luiz Fux pedir a absolvição do ex-presidente e de outros cinco réus no julgamento da suposta trama golpista.
O ex-presidente não respondeu às perguntas dos jornalistas, mas acenou e posou para fotos. De tênis, calça jeans e camisa polo verde, ele permaneceu na garagem por 25 minutos, ao lado do cunhado, Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Eduardo vestia bermuda e uma camisa azul da seleção brasileira de futebol.
Durante o tempo em que Bolsonaro esteve na garagem, o portão da casa ficou aberto, com dois seguranças à distância. Demonstrando tranquilidade, o ex-presidente também tossiu bastante. Familiares, advogados e aliados políticos têm falado sobre a fragilidade de sua saúde, com sequelas da facada tomada durante a campanha eleitoral de 2018.
Bolsonaro já havia aparecido na garagem de casa no primeiro dia do julgamento, em de 2 setembro. Na ocasião, afirmou que estava acompanhando a sessão na Primeira Turma do STF, também sem responder a outras perguntas. A defesa de Bolsonaro afirmou que ele manifestou interesse em comparecer ao julgamento, mas foi desaconselhado por motivos de saúde.
Voto de Cármen Lúcia pode condenar ex-presidente
A Primeira Turma do Supremo retoma, às 14h desta quinta-feira, o julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus do chamado "núcleo crucial". A sessão começa com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já pediram a condenação. O colegiado é formado por cinco magistrados. A manifestação da ministra pode empatar o placar pela absolvição ou formar maioria para condenar os acusados.
Para Moraes, que é o relator da ação penal, e Flávio, todos os réus devem ser responsabilizados pelos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, Dino considera que Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Paulo Sérgio Nogueira devem ter penas reduzidas.
Na quarta-feira, Fux abriu divergência. Pediu a absolvição de seis dos oito réus. Pediu a condenação apenas do tenente-coronel Mauro Cid e do general Walter Braga Netto por tentativa de abolição do Estado democrático de direito. Já há maioria pela condenação dos dois por ao menos um crime.
A sessão desta quinta-feira estava prevista para começar às 9h. Mas o presidente do colegiado, Cristiano Zanin, decidiu cancelar a parte da manhã e retomar os trabalhos apenas às 14h por causa da longa sessão de quarta-feira. Havia sido reservado apenas o período da manhã para a fala de Fux, mas ela durou quase 14 horas, indo até o fim da noite.
Se houver tempo, ainda nesta quinta-feira votará Zanin. Outras duas sessões estão marcadas para a sexta-feira (12/9), quando deverão ser definidas as penas, que poderão chegar a 43 anos de prisão em regime fechado. Se o tempo para a análise não for suficiente, a parte final do julgamento poderá ser adiada para a semana seguinte.
A equipe de O TEMPO teve acesso a dezenas de mensagens de áudio e texto, algumas com vídeos, dos moradores do Condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente mora com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha deles. Como o jornal já mostrou em outras reportagens, a presença de Bolsonaro divide os moradores.
Essa divisão se acirrou nos últimos dias, com o início da fase final do julgamento. Nesta quinta-feira, quando a ministra Cármen Lúcia for apresentar seu voto, que pode definir o resultado, moradores publicaram mensagens anunciando um churrasco. "Por falar em churrasco, alguém indica um de confiança?", escreveu uma moradora.
Outra reclamou da presença de ambulantes na via de acesso ao condomínio, onde são oferecidas bandeiras e camisetas do Brasil, além de outros itens com nome e rosto de Bolsonaro. "Hahaha, virou Copa do Mundo", postou um morador. "A final da 'copa' é amanhã! Já comprei a cerveja e a picanha", emendou outro, referindo ao provável último dia do julgamento.
Bolsonaro aparece, sorri e acena para fotógrafos
Bolsonaro, que está em prisão domiciliar há mais de um mês, apareceu na garagem de casa, na manhã desta quinta-feira, um dia após o ministro Luiz Fux pedir a absolvição do ex-presidente e de outros cinco réus no julgamento da suposta trama golpista.
O ex-presidente não respondeu às perguntas dos jornalistas, mas acenou e posou para fotos. De tênis, calça jeans e camisa polo verde, ele permaneceu na garagem por 25 minutos, ao lado do cunhado, Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Eduardo vestia bermuda e uma camisa azul da seleção brasileira de futebol.
Durante o tempo em que Bolsonaro esteve na garagem, o portão da casa ficou aberto, com dois seguranças à distância. Demonstrando tranquilidade, o ex-presidente também tossiu bastante. Familiares, advogados e aliados políticos têm falado sobre a fragilidade de sua saúde, com sequelas da facada tomada durante a campanha eleitoral de 2018.
Bolsonaro já havia aparecido na garagem de casa no primeiro dia do julgamento, em de 2 setembro. Na ocasião, afirmou que estava acompanhando a sessão na Primeira Turma do STF, também sem responder a outras perguntas. A defesa de Bolsonaro afirmou que ele manifestou interesse em comparecer ao julgamento, mas foi desaconselhado por motivos de saúde.
Voto de Cármen Lúcia pode condenar ex-presidente
A Primeira Turma do Supremo retoma, às 14h desta quinta-feira, o julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus do chamado "núcleo crucial". A sessão começa com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já pediram a condenação. O colegiado é formado por cinco magistrados. A manifestação da ministra pode empatar o placar pela absolvição ou formar maioria para condenar os acusados.
Para Moraes, que é o relator da ação penal, e Flávio, todos os réus devem ser responsabilizados pelos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, Dino considera que Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Paulo Sérgio Nogueira devem ter penas reduzidas.
Na quarta-feira, Fux abriu divergência. Pediu a absolvição de seis dos oito réus. Pediu a condenação apenas do tenente-coronel Mauro Cid e do general Walter Braga Netto por tentativa de abolição do Estado democrático de direito. Já há maioria pela condenação dos dois por ao menos um crime.
A sessão desta quinta-feira estava prevista para começar às 9h. Mas o presidente do colegiado, Cristiano Zanin, decidiu cancelar a parte da manhã e retomar os trabalhos apenas às 14h por causa da longa sessão de quarta-feira. Havia sido reservado apenas o período da manhã para a fala de Fux, mas ela durou quase 14 horas, indo até o fim da noite.
Se houver tempo, ainda nesta quinta-feira votará Zanin. Outras duas sessões estão marcadas para a sexta-feira (12/9), quando deverão ser definidas as penas, que poderão chegar a 43 anos de prisão em regime fechado. Se o tempo para a análise não for suficiente, a parte final do julgamento poderá ser adiada para a semana seguinte.