
Radio
20/09/2025 13:24
Fonte: Exame
Por: Exame
★
Relevância: 35
'Brasil pode ganhar mais relevância com divisão global da Kraft Heinz', afirma o presidente Ariel Grunkraut | Exame
Nerópolis (Goiás)*: A Kraft Heinz anunciou no início deste mês um movimento estratégico que dividirá sua operação global em duas companhias: Taste Elevation, responsável por marcas icônicas de molhos e condimentos (ketchup, mostarda e maionese), e Groceries North America, focada em marcas tradicionais do mercado americano, como Oscar Mayer e cafés. A mudança, que deve ser concluída entre o final de 2026 e o início de 2027, já movimenta o setor de alimentos -- mas, no Brasil, o impacto será menos sobre o financeiro.
"Não muda nada para a operação brasileira. Trabalhamos com marcas que estão 100% dentro do portfólio de Taste Elevation, e assim vamos seguir", afirma Ariel Grunkraut, CEO da Kraft Heinz Brasil, em entrevista à EXAME direto da fábrica em Nerópolis, Goiás (a maior e mais antiga fábrica da companhia no Brasil).
Com o Brasil sendo um dos principais países dentro da Kraft Heinz, ficando entre 4º e o 5º lugar no ranking global, com essa cisão, a operação brasileira pode ganhar ainda mais representatividade global.
"O Brasil sempre foi um celeiro de talentos para a companhia. Hoje, cerca de 50% dos VPs globais da Kraft Heinz são brasileiros", diz o CEO.
Com a criação de duas empresas independentes, novas estruturas de liderança precisarão ser formadas em nível global, o que, segundo o CEO, deve abrir espaço para mais profissionais brasileiros assumirem posições estratégicas.
"Se antes havia um CEO, agora serão dois; se antes havia um CFO, agora também serão dois. Isso multiplica as oportunidades para o nosso time", afirma Grunkraut.
O executivo, que assumiu a cadeira de CEO da Kraft Heinz Brasil em novembro de 2024, também reforça que os produtos como ketchup Heinz, molho de tomate, Philadelphia, temperos Kero e Hemmer compõem a frente de negócios com maior potencial de crescimento global, e por isso, ele segue otimista com o desempenho do Brasil nos próximos anos, - afinal, é um dos poucos países que não depende da importação de matéria-prima dos Estados Unidos para produzir o ketchup e o molho de tomate.
"Hoje, já somos autosustentáveis com a produção de pasta de tomate Heinz aqui no Brasil. A nossa expectativa é que daqui a 3 a 5 anos o Brasil consiga evoluir a ponto de exportar a pasta Heinz para os países da América Latina", diz o presidente.
O racional por trás da cisão, de acordo com Grunkraut, é dar clareza às estratégias de cada frente de negócio. Taste Elevation, que vale cerca de US$ 15 bilhões anuais, tem como prioridade crescer em mercados internacionais e inovar em portfólio. Já Groceries North America, com US$ 10 bilhões em receita, foca na rentabilidade e geração de caixa com marcas centenárias.
"Quando estavam juntas, as duas empresas se apresentavam como uma companhia média. Separadas, cada uma terá mais força para mostrar seu verdadeiro valor: uma de alto crescimento e outra altamente rentável", afirma o CEO.
Leia também: 'Nunca tínhamos visto uma inflação assim', diz presidente da Nestlé Brasil sobre o cacau e café
Os valores de mercado das duas novas companhias só serão conhecidos após a cisão estar concluída e as ações começarem a ser negociadas em bolsa, diz o CEO. O cronograma aponta para o último trimestre de 2026, entre 12 e 18 meses a partir de agora.
Até lá, no Brasil, a agenda segue focada em manter o crescimento da operação, que já figura entre as maiores da Kraft Heinz no mundo, e em reforçar a imagem de país estratégico para o grupo.
Veja também: o podcast "De frente com CEO", da EXAME, com Ariel Grunkraut, CEO da Kraft Heinz Brasil, sobre a carreira e as expectativas com os negócios do Brasil.
"Não muda nada para a operação brasileira. Trabalhamos com marcas que estão 100% dentro do portfólio de Taste Elevation, e assim vamos seguir", afirma Ariel Grunkraut, CEO da Kraft Heinz Brasil, em entrevista à EXAME direto da fábrica em Nerópolis, Goiás (a maior e mais antiga fábrica da companhia no Brasil).
Com o Brasil sendo um dos principais países dentro da Kraft Heinz, ficando entre 4º e o 5º lugar no ranking global, com essa cisão, a operação brasileira pode ganhar ainda mais representatividade global.
"O Brasil sempre foi um celeiro de talentos para a companhia. Hoje, cerca de 50% dos VPs globais da Kraft Heinz são brasileiros", diz o CEO.
Com a criação de duas empresas independentes, novas estruturas de liderança precisarão ser formadas em nível global, o que, segundo o CEO, deve abrir espaço para mais profissionais brasileiros assumirem posições estratégicas.
"Se antes havia um CEO, agora serão dois; se antes havia um CFO, agora também serão dois. Isso multiplica as oportunidades para o nosso time", afirma Grunkraut.
O executivo, que assumiu a cadeira de CEO da Kraft Heinz Brasil em novembro de 2024, também reforça que os produtos como ketchup Heinz, molho de tomate, Philadelphia, temperos Kero e Hemmer compõem a frente de negócios com maior potencial de crescimento global, e por isso, ele segue otimista com o desempenho do Brasil nos próximos anos, - afinal, é um dos poucos países que não depende da importação de matéria-prima dos Estados Unidos para produzir o ketchup e o molho de tomate.
"Hoje, já somos autosustentáveis com a produção de pasta de tomate Heinz aqui no Brasil. A nossa expectativa é que daqui a 3 a 5 anos o Brasil consiga evoluir a ponto de exportar a pasta Heinz para os países da América Latina", diz o presidente.
O racional por trás da cisão, de acordo com Grunkraut, é dar clareza às estratégias de cada frente de negócio. Taste Elevation, que vale cerca de US$ 15 bilhões anuais, tem como prioridade crescer em mercados internacionais e inovar em portfólio. Já Groceries North America, com US$ 10 bilhões em receita, foca na rentabilidade e geração de caixa com marcas centenárias.
"Quando estavam juntas, as duas empresas se apresentavam como uma companhia média. Separadas, cada uma terá mais força para mostrar seu verdadeiro valor: uma de alto crescimento e outra altamente rentável", afirma o CEO.
Leia também: 'Nunca tínhamos visto uma inflação assim', diz presidente da Nestlé Brasil sobre o cacau e café
Os valores de mercado das duas novas companhias só serão conhecidos após a cisão estar concluída e as ações começarem a ser negociadas em bolsa, diz o CEO. O cronograma aponta para o último trimestre de 2026, entre 12 e 18 meses a partir de agora.
Até lá, no Brasil, a agenda segue focada em manter o crescimento da operação, que já figura entre as maiores da Kraft Heinz no mundo, e em reforçar a imagem de país estratégico para o grupo.
Veja também: o podcast "De frente com CEO", da EXAME, com Ariel Grunkraut, CEO da Kraft Heinz Brasil, sobre a carreira e as expectativas com os negócios do Brasil.