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Alckmin diz que Brasil teve avanços após aproximação entre Lula e Trump
Geral 04/10/2025 18:24 Fonte: O TEMPO Por: O TEMPO Relevância: 30

Alckmin diz que Brasil teve avanços após aproximação entre Lula e Trump

BRASÍLIA - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (4/10) que o Brasil obteve "avanços" na negociação de tarifas com os Estados Unidos após o breve encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump.
Alckmin disse que, após acenos entre Lula e Trump na Assembleia da ONU, os EUA retiraram alguns produtos brasileiros do tarifaço e os incluíram na Seção 232 da Lei de Comércio de 1974. Segundo ele, a tarifa sobre madeira macia e serrada caiu de 50% para 10%, enquanto armários, móveis e outros itens tiveram a alíquota reduzida de 50% para 25%.
De acordo com o vice-presidente, a inclusão dos produtos nessa seção coloca o Brasil em igualdade de condições com outros países. Ele destacou que, nesse caso, os itens passam a ter a mesma tarifa aplicada ao Brasil e ao restante do mundo, o que, segundo ele, evita perda de competitividade.
Apesar de afirmar que "as coisas estão caminhando" nas negociações sobre o tarifaço, Alckmin não mencionou uma possível data para o encontro entre Lula e Trump e disse que é preciso "aguardar" os próximos passos.
"Tivemos alguns avanços. Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo importante, e nós temos muita convicção de que teremos novos passos por aí", disse durante agenda em Brasília.
Alckmin fez uma brincadeira ao comentar a declaração de Trump na ONU, quando o norte-americano disse ter tido "boa química" com Lula durante um breve encontro em Nova York. "Eu fui professor de cursinho de medicina, dei aula de química -- e a química é sempre uma ótima solução", brincou.
A diplomacia brasileira segue articulando um encontro entre Lula e Trump. A sobretaxa imposta pelos EUA a exportações nacionais completa um dois no próximo dia 6. O governo federal aposta em negociação, defesa da soberania e medidas de apoio a empresas brasileiras para controlar a situação.
Na quarta-feira (1º/10), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou estar em contato com assessores próximos ao republicano e disse que ainda não há definição sobre a data nem sobre o formato da conversa entre os dois líderes. Segundo ele, seguem em aberto as possibilidades de que o diálogo seja por telefone, videoconferência ou até mesmo presencial.

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